Um animal de estimação pode ser hospedeiro do vírus da varíola dos macacos
Evitar contato com animais de estimação caso esteja infetado com Monkeypox
O alerta surge do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) que recomenda a quem estiver infetado com Monkeypox evitar o contato com animais de estimação, nomeadamente roedores. Segundo o ECDC, “a probabilidade é baixa mas a transmissão de humanos para animais é teoricamente possível”, nesse sentido vale mais prevenir. Assim, o centro esclarece a regra: enquanto o doente tiver bolhas causadas pelo vírus, ou qualquer tipo de irritação na pele, se mantenha isolado. Apesar de ser uma doença de contágio difícil, ela pode ser transmitida entre humanos através do contacto com as erupções cutâneas ou pela via sexual. A organização europeia reforça a mensagem dizendo que todas as pessoas infetadas com monkeypox devem evitar o contacto com qualquer animal de estimação mamífero, nomeadamente, se forem roedores — como hamsters, gerbos, porquinhos-da-índia, esquilos.
Um animal de estimação pode ser hospedeiro do vírus da varíola dos macacos
Ainda se sabe muito pouco sobre a possibilidade de um animal de estimação ser hospedeiro do vírus da varíola dos macacos, no entanto o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças no documento que emitiu menciona “os roedores e, nomeadamente, espécies da família Sciuridae (esquilos) são, provavelmente, hospedeiros adequados, mais do que os humanos”. Apesar da probabilidade ser reduzida a verdade é que ela é possível, e Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças diz que o problema seria “o vírus estabelecer-se na Europa entre animais de vida selvagem, tornando-se numa zoonose (doenças transmitidas entre animais e seres humanos) endémica. Ainda está na memória o surto de 2003 nos Estados Unidos da América, a primeira vez que a varíola dos macacos chegou a este país. Na altura, as autoridades americanas de saúde animal realizaram uma vigilância sistémica acompanhada de uma campanha de sensibilização.
Importante a vigilância dos animais domésticos
Perante este cenário em que falamos de possibilidades, o ECDC defende a vigilância dos animais domésticos que possam vir a ser expostos para evitar que a doença seja transmitida à vida selvagem e um trabalho de articulação entre as autoridades de saúde pública humana e veterinária. A Direção Geral de Saúde alerta que quem tenha lesões ulcerativas, erupção cutânea, gânglios palpáveis, eventualmente acompanhados de febre, arrepios, dores de cabeça, dores musculares e cansaço, procure aconselhamento médico. Lembrar que falamos de uma doença endémica na África Ocidental e Central e o seu período de incubação é por norma entre sete a 14 dia.