O Armazém é pet-friendly
Todos temos sítios onde não queremos voltar. Sítios problemáticos ou que antigamente nos assustavam. Sítios estranhos. Miragaia, no Porto, há vários anos atrás era um desses sítios.
Entretanto como tudo, o tempo passa e as coisas mudam. E na maioria das vezes muda para melhor! E foi o o que aconteceu com Miragaia. Raquel e Batata Cerqueira Gomes em 2015, foram desafiados a pegar num armazém e a transformá-lo. Transformaram um armazém abandonado de 1500 metro quadrados, sem luz e onde chovia.
Hoje em dia é um espaço cheio de luz, que traz conforto a muitos turistas que passam por lá, e confiem em nós quando dizemos “muitos”!
Batata Cerqueira Gomes, foi um das pioneiros na transformação daquela antiga zona que afugentava alguns, numa zona em que agora se pode dizer que é como ir ás compras, passear num museu, visitar uma loja de antiguidades e relaxar numa esplanada à beira rio. Promoção perfeita não é! Leve 4 pague 1.
Por falar em promoções. Outra pequena particularidade de O Armazém, é que desde o momento em que entra até ao que sai, tudo aquilo que vir e tocar está à venda. E esta característica vai desde a cadeira em que se senta ao bule em que vai beber o chá.
E querem saber melhor? Imaginem ir passear aqui a este espaço com a companhia dos vossos animais de estimação? O que acham?
A própria dona do espaço, dá a conhecer o seu amor por animais, dizendo que tem quatro cães em casa, e que quando se gosta de animais, ser pet friendly faz naturalmente parte de nós. Acerca dos tipos de animais que visitam O Armazém, um dos proprietários explicou à NIT que “às vezes vem um ou outro gato, mas são sobretudo cães”. “Ainda hoje (24 de agosto) já vi mais de 10 raças diferentes aqui dentro. Vêm muitas pessoas com os animais – e àquelas que chegam meio a medo, sem saber se podem entrar, nós quase estendemos o tapete vermelho para os cães entrarem. Adoramos”.
O espaço repleto de achados, faz com que cada objeto tenha a sua história. Cerqueira Gomes, desde cedo ligado à restauração, com discotecas de referência em Lisboa e no Porto, diz que apesar de tudo o “bichinho das velharias e do vintage” esteve sempre presente. Procurando ter sempre a originalidade como marca pessoal, explica que “Eu e minha mulher sempre tivemos o vício de procurar objetos originais nas nossas viagens. Compramos peças nas nossas viagens pela Europa e vamos a feiras e leilões”.
E para não duvidarem sobre ir ou não ir. Este foi um espaço que ao fim de seis meses aberto teve a uma visita e entrevista do The New York Times! E não acaba por aqui! Este espaço é de tal forma atrativo e confortável que até hoje recebe palestras da Faculdade de Arquitetura.
O espaço cheio dos artigos mais variados, com telhado de vidro, barrotes de madeira, paredes de pedra mantém a traça antiga como uma relíquia. Um dos proprietários ainda diz que “É um espaço muito bonito, com uma energia incrível” e claramente reconhecido.
De um sítio estranho, problemático e a evitar, a um lugar onde todos querem passar um pouco do seu tempo com aqueles que mais gostam, já viram? Talvez seja tudo sobre o sítio certo e as pessoas certas!
Se ficaram curiosos para visitar este sítio, não hesitem! Peguem nas chaves do carro, na trela do vosso patudo e toca a ir visitar este lugar!
Aproveitem para queimar estes últimos cartuchos de agosto quentinho!
Bons passeios! 🙂